Daft Punk revela via Twitter nomes das 13 músicas de seu quarto álbum
1. Give life back to music
2. The game of love
3. Giorgio by Moroder
4. Within’
5. Instant crush
6. Lose yourself to dance
7. Touch
8. Get lucky
9. Beyond
10. Motherboard
11. Fragments of time
12. Doin’ it right
13. Contact
Maria Clara Spinelli diz que humanizou a figura da transgênero, em Salve Jorge
Atriz revela que público passou a torcer por sua personagem Anita
Na pele da travesti Anita, de Salve Jorge, da TV Globo, Maria Clara Spinelli revela a que finalmente conseguiu humanizar a figura da transgênero. E que hoje, ao contrário do preconceito que o grupo sofre no país, a personagem conta com o carinho e torcida dos telespectadores brasileiros.
“Estou simplesmente encantada com a reação do público sobre o meu trabalho e sobre Anita. A coisa que eu mais queria era isto: que o público visse a Anita como um ser humano. Acho que está aconteceu. Estou feliz porque escreveram no Twitter: ‘Agora, ninguém se refere à Anita como ‘a trava’, e sim com sentimento de empatia e solidariedade’. Sim, estão torcendo por ela!”.
Na trama, Anita cai na emboscada de Wanda (Totia Meirelles) e Russo (Adriano Garib) com o sonho de fazer a redesignação sexual [popularmente conhecido como mudança de sexo] e é mais uma vítima do tráfico internacional de pessoas.
Maria, que é uma mulher transexual na vida real e que não gosta do rótulo “atriz trans”, revela que não teve receio de interpretar a personagem e que realmente se emociona com as cenas. Para a artista, a Anita tem uma trajetória tão profunda e humana, que se torna o sonho de qualquer atriz.
“Procuro em mim a humanidade de cada personagem. Anita não é uma caricatura. É um ser humano, uma mulher transgênero – que alguns chamam de travesti e outros de transexuais – mas que se vê e se sente como mulher. Sempre me emociono de verdade, seja nas cenas felizes ou nas de dor. Anita tem um sonho e, ‘quem tem um sonho não dança’(risos). Acredito que esse sonho a faz ter forças para suportar tudo o que passou e vai passar”.
Apesar da relação do tema com a sua personagem, Maria Clara admite que não tinha muitos detalhes sobre o tráfico internacional de pessoas, antes da novela, e afirma que está aprendendo com o folhetim. De acordo com ela, Gloria Perezexerce um importante papel transformador na sociedade.
“O texto da Glória é muito preciso. Na cena que foi ao ar na última segunda-feira (15), ela diz: ‘A gente ouve falar dessa coisa de tráfico, mas não acredita que vai acontecer com a gente’. Mas eu sei que as travestis são as maiores vítimas dessa forma de crime. E esta denúncia que a Gloria está fazendo é muito importante, porque as travestis estão à margem da sociedade, e essa estatística talvez não seja tão divulgada assim…”.
Acostumada com papeis no teatro e no cinema – Maria foi premiada no Brasil e pela crítica internacional pela atuação no filme Quanto Dura o Amor?, de Roberto Moreira – a atriz afirma que está encantada com a experiência de estrelar uma novela.
“Está sendo incrível. É a minha primeira experiência na TV. E a TV é uma linguagem diferente do teatro e até do cinema. Tudo é novo, mas ao mesmo tempo muito instigante. Para mim, como atriz, poder criar a partir desta nova linguagem está sendo uma realização”.
Ao comentar alguma curiosidade dos bastidores, ela só tece elogios à Laryssa Dias, que interpreta a Waleska, a quem considera “a pessoa mais generosa do mundo”.
“Sou fã incondicional dela a partir de agora. Ela me acolheu como uma irmã e demonstrou ser a pessoa mais generosa do mundo. Agora, já começo a sentir saudade de todos e principalmente de Anita”, revela a atriz, que brilha em seu primeiro trabalho na TV.
fonte: O Fuxico
Emprego: março bate record. Chora, tucanuardo!
Saiu na Folha (*):
Criação de vagas formais cai, mas tem melhor março em 3 anos
CAROLINA OMS
DE BRASÍLIA
O Brasil criou 112.450 novos postos de trabalho com carteira assinada em março, número 0,6% superior ao do mesmo período do ano passado (111,74 mil) e melhor resultado para o mês nos últimos três anos.
Pesquisa da agência de notícias Reuters feita com analistas de mercado apontou que a mediana das expectativas era de abertura de 110 mil vagas no mês passado. Levantamento do jornal “Valor Econômico” estimava a criação 104,1 mil empregos formais no mês, em média.
(…)
Em 12 meses, o Brasil gerou 1,097 milhão de empregos formais.
Que horror !
Paulo Henrique Amorim
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
Essa é a imprensa isenta e democrática brasileira, onde os líderes do PSDB vivem agarrados com seus representantes desde sempre. Alguém imagina o ‘imortal’ Merval sendo isento com Serra?
Mídia e EUA articulam novo golpe na Venezuela
de Jornal Água Verde
A mesma mídia corrupta, como chama Rafael Correa, que se diz defensora da “liberdade de imprensa”, se apressa em usar a liberdade que tem para semear a violencia e insuflar golpes de Estado.
Ontem, grupos ligados ao ex-candidato presidencial antichavista Henrique Capriles cercaram a sede do canal de televisão teleSUR e ameaçaram seus trabalhadores. Segundo a presidente do canal, Patricia Villegas: “Ameaçaram nosso pessoal, os trabalhadores do canal estão em seus locais de trabalho (…) ameaçaram de maneira permanente”.
No mesmo momento manifestantes pró Capriles, insuflados pelas redes de televisão privadas, lideradas pela Globovisión, também investiram contra o canal Estatal “Venezoelana de Televisión”, a VTV. “Não se sabe se são as mesmas pessoas, mas com certeza respondem ao mesmo movimento político que tem chamado a desestabilização”, afirmou Villegas. Mesmo assim, acrescentou, “toda a nossa equipe jornalística se mantém aqui funcionando, nossos repórteres se encontram nos arredores da cidade de Caracas”,.
Também foram atacadas as casas da presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Tibisay Lucena, e dos pais do ex-ministro de Comunicação e Informação e membro do comando de campanha de Hugo Chavez, Andrés Izarra.
O correspondente da Telesur, William Parra, informou do noroeste de Caracas que um grande setor de seguidores de Hugo Chaves vieram proteger a casa do chefe da campanha, Jorge Rodrigues, cuja residência também foi atacada. “A única coisa que temos a dizer a esse candidato facista é que não se equivoque porque aqui há um povo bravo e guerreiro, esta pátria se respeita (…) que não se engane Caprilles”, disse uma seguidora do presidente Chávez às câmeras da teleSUR.
O roteiro é por demais conhecido. É o que os EUA costumam usar sempre para desestabilizar países que resistem ao seu domínio. Foi assim no Iraque onde até hoje não se encontrou armas químicas, foi assim na Líbia, para derrubar Kadafi, está sendo assim na Síria. Insuflam revoltas, fornecem terroristas mercenários e armas militares, criam uma insurreição e colocam um governo capacho e confiável. E tomam conta do Petróleo. Ou algum idiota acredita que eles estão preocupados com Democracia?
A liberdade de imprensa é tão grande na Venezuela que os canais privados fazem campanha aberta exclusiva e ilimitada para o candidato da direita. Só Capriles e seus comícios aparece nos canais privados, liderados pela Globovisión (coincidência de nome?), mesmo durante a campanha eleitoral. A luta é desigual. Apenas a televisão pública transmite informações sobre o governo e o candidato da situação e transmite seus comícios. Mas lá também existem as redes de comunicação públicas e comunitárias incentivadas pela Lei de Meios de Comunicação, como um direito da população. Estas redes, compostas de rádios, televisões e até jornais, fazem o contraponto com o discurso golpista. É claro que seu poder de fogo é infinitamente menor que as redes privadas, mas são um espaço de comunicação popular que, em momentos como este se tornam referência de informação diferenciada.
São esses veículos de comunicação popular e pública que estão sendo atacados como alvo preferencial por simpatizantes do candidato da direita e com total apoio dos meios de comunicação privados envolvidos mais uma vez até o pescoço com outra tentativa de golpe. Esta é a liberdade de imprensa que eles verdadeiramente defendem. Liberdade para eles e mordaça para para os adversários.
Todos os observadores internacionais garantem que o sistema eleitoral da Venezuela é um dos mais seguros do mundo. Assim afirma a UNASUL, a missão do Mercosul e até mesmo a Fundação Carter, para quem prefere opinião ianque. Estive na Venezuela em outubro passado com o ComunicaSul, cobrindo a eleição de Chávez e garanto que até a oposição confia no sistema eleitoral. Entrevistamos gente nas filas de votação, tanto em redutos chavistas como em regiões que apoiam majoritariamente o candidato de oposição e todos foram unânimes em confirmar a confiança no sistema eleitoral e no voto eletrônico. São tantas auditagens no sistema que fica impossível passar alguma fraude. As auditagens contam com representantes de todos os candidatos e seus peritos técnicos, com total acesso ao sistema. Até mesmo o representante da oposição no Conselho Nacional Eleitoral afirmou ontem perante as câmeras da Globovisión que o sistema não pode ser fraudado e deve ser respeitado. Foi tirado do ar na hora, é verdade, mas já tinha falado. Liberdade de Imprensa de golpistas é assim.
A Procuradora Geral da Venezuela, Luisa Ortega Díaz, a chefe do Ministério Público, que lá é um dos Poderes de Estado, com o mesmo status do Judiciário, condenou as ações violentas de opositores, pois” estão atentando contra serviçõs públicos e pessoas”. Ela informou que o MP iniciou investigações e 135 pessoas já foram presas pelos atos de violência dos últimos dias e assegurou que a Procuradoria tomará as medidas necessárias para garantir a paz para os venezuelanos.
“Se o Ministério Público comprovar que desestabilizadores se articularam para atuar vamos enquadrá-los em “associação para a delinquência” prevista na lei contra a delinquência organizada e vamos solicitr a indisponibilização dos bens dessas pessoas e o congelamento de suas contas bancárias” afimou a procuradora.
A Venezuela é um país com sólidas instituições, fruto de uma Assembléia Constituinte eleita ainda sob as leis dos governos anteriores que hoje tentam um golpe mais uma vez. Sua carta é avançadíssima com instrumentos democráticos que políticos brasileiros morrem de medo de implantar aqui, como o plebiscito revogatório de mandatos. Todos os eleitos na Venezuela estão sujeitos à cassação de seus mandatos por plebiscito popular oficial bastando a assinatura de 20% dos eleitores daquela eleição. Vale desde vereador até presidente da República. Chávez já teve que se submeter a um desses e o fez democraticamente. Qualquer tentativa de convencer as pessoas que a Venezuela é uma republiqueta sem lei, além de crime de imprensa, é crime contra a verdade.
Por Caio Teixeira, no blog Crítica da espécie
Fotografia > O brotinho Ivanira
Do Images&Vision
© Foto de José Medeiros/IMS. O Brotinho Ivanira. Rio de Janeiro, c1950.
A jovem adolescente Maria Ivanira Bastos foi fotografada por José Medeiros (1921 – 1990), no início da década de 50, para um ensaio da revista O Cruzeiro intitulado “Um domingo aos quinze anos”, sobre a juventude carioca da década de 1950. Num vídeo do Instituto Moreira Salles, Maria Ivanira (o brotinho Ivanira), que na época da reportagem tinha 15 anos, fala sobre a repercussão das fotos e como conheceu o fotógrafo José Medeiros, entre outras coisas interessantes.
A imprensa brasileira trabalha como nunca para tirar Dilma do governo, mas seus esforços serão em vão.
2014 chegará para tirar o PSDB do governo de São Paulo, pelo PT. Veremos várias tentativas de golpe, por parte da imprensa, de desestabilizar o processo movido pelo povo brasileiro para afundar de uma vez por todas o neoliberalismo. A volta ao passado não se dará e será o princípio do fim da imprensa brasileira.
Há censura no Brasil, sim.
Por Eduardo Guimarães
No último sábado, fui um dos palestrantes em um encontro de blogueiros em Curitiba. A “mesa” de debates de que participei teve como tema “Comunicação e Democracia”. Como disse na oportunidade, aqui no Brasil uma sempre foi usada contra a outra. Há quase sessenta anos, um presidente da República deu um tiro no peito por causa da comunicação. Dez anos depois, a comunicação pediu, tramou, ajudou a instalar e, depois, a sustentar uma ditadura sangrenta que durou duas décadas.
Nesta semana, a comunicação no Brasil trata de censurar fatos em um país fronteiriço que, por ser o maior produtor de petróleo do planeta, encerra importância geopolítica e econômica de tal magnitude que atrai os olhares do mundo. Sob a batuta dos Estados Unidos, a comunicação brasileira trata a política interna da Venezuela à base de omissões e distorções dos fatos ou, simplesmente, à base da mais legítima censura. Antes de prosseguir, há que contextualizar os fatos. A vitória apertada do presidente recém-eleito do país vizinho não difere, por exemplo, da que – graças a Deus – obteve Barack Obama nos Estados Unidos em novembro do ano passado, quando derrotou o republicano Mitt Romney por margem tão apertada quanto o venezuelano Nicolás Maduro derrotou o adversário Henrique Capriles – Obama obteve 2,3 pontos de vantagem e Maduro, 1,75 ponto. Embora os EUA ou a mídia brasileira não tenham pedido recontagem dos votos nos Estados Unidos só porque a vitória de Obama não foi mais ampla, ambos põem em suspeição a eleição venezuelana apesar de o sistema eleitoral do país sul-americano ser mais confiável do que o do país norte-americano. Até aí, política é política e o debate público, por si só, dá conta de pôr os pingos nos is. O problema é quando um comportamento literalmente fascista dos derrotados na Venezuela, que não querem aceitar a derrota, conta com a cumplicidade da imprensa brasileira. Os venezuelanos saberão resolver seus problemas, espera-se. Mas o nosso talvez seja pior do que o deles, pois na Venezuela a censura se tornou impossível devido à pluralidade da comunicação, que há para todos os gostos. O comportamento dos derrotados na Venezuela vem sendo criminoso. Capriles, inconformado com a derrota, exortou seus seguidores a irem às ruas protestar contra uma vitória que, até prova em contrário, foi legítima como a de Obama no ano passado. Sendo condescendente, pode-se aceitar que Capriles tenha perdido o controle de seus seguidores e que os atos de violência que desencadearam por toda Venezuela entre a madrugada de segunda-feira e a manhã de terça não tenham sido orquestrados por ele. Aliás, ao recuar da manifestação que convocara para esta quarta-feira, o candidato derrotado parece ter percebido que sua exortação aos seus seguidores poderia leva-lo às barras da lei, porque sua primeira convocação teve como saldo, até agora, sete mortos e incontáveis atos de vandalismo por toda a Venezuela. Uma onda de vandalismo e violência tomou o país vizinho. Sete seguidores de Nicolás Maduro foram assassinados nos estados Zulia, Táchira e em Caracas, e 61 pessoas ficaram feridas, algumas com gravidade. Ao todo, nove estados reportaram agressões de variados tipos. A mais macabra, porém, foi a de um seguidor de Maduro que foi queimado vivo. Segundo relatos do governo venezuelano, os assassinados tentaram defender unidades dos programas sociais Pdval, CDI e Mercal, que oferecem de atendimentos de saúde por médicos cubanos a venda de alimentos por preços mais baratos que os do comércio. Segundo relatos do governo venezuelano, os estados atingidos pela onda de violência foram Caracas, Carabobo, Miranda, Barinas, Mérida, Lara, Táchira, Sucre e Zulia. Os primeiros ataques de seguidores de Capriles foram aos CDIs, centros de atendimento médico. Os CDIs são dirigidos por médicos cubanos e até pacientes teriam sido atacados. Há relatos, também, de ataques a tevês e rádios comunitárias simpatizantes do governo. As tevês estatais Venezolana de Televisión (VTV) e Telesur foram cercadas pelas hordas oposicionistas e só não as atacaram porque a polícia interveio. Várias sedes do partido do governo, o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), teriam sido depredadas e incendiadas. Praças públicas e pontos de ônibus teriam sido destruídos. Entregas de alimentos nos mercados do governo teriam sido impedidas e a mercadoria roubada pela horda ensandecida. O governo venezuelano e incontáveis matérias nas tevês estatais reportam que tudo que tivesse o logotipo do governo era atacado pelos que, alegadamente, foram às ruas, sob instigação de Capriles, para promover um “panelaço pacífico”. As redes estatais inclusive mostraram imagens de depredação nos centros médicos do estado Miranda, governado por Capriles, identificando-os como sendo os de La Limonera e de Trapichito. Esses ataques teriam resultado em 3 mortos que tentaram defender as instalações. Outros relatos dão conta de ataques no estado Carabobo, na cidade de Valencia – onde este blogueiro esteve várias vezes a trabalho. Lá, oito centros médicos teriam sido atacados e um deles, incendiado. Os mortos têm até nome. Um deles é o dirigente do PSUV Henry Rangel. No estado Zulia, outro militante do PSUV foi assassinado diante da sede do Conselho Nacional Eleitoral, quando os seguidores de Capriles ali protestavam e a vítima os xingou. Em Caracas, o militante do PSUV Luis Ponce também foi assassinado enquanto tentava defender o centro médico de La Limonera. Aliás, o uso do condicional, aqui, é mera formalidade, pois a Telesur mostrou imagens de depredações ao longo da última terça-feira e 135 agressores foram presos em flagrante. Se quiserem argumentar que é tudo invenção do governo, as imagens e as centenas de testemunhas provam que violência houve. Podem, então, argumentar que foi o governo que pôs hordas nas ruas para praticarem violência e pôr a culpa na oposição, mas há gente presa em flagrante, acusada de assassinatos e, segundo o governo, com filmagens e fotos das agressões. Seja como for, haverá tempo de sobra para deslindar esses ataques. E a extensa cobertura de redes de televisão e jornais internacionais facilitará ainda mais o esclarecimento desses fatos. O que não se pode aceitar, porém, é que fatos dessa gravidade sejam literalmente ocultados pela dita grande imprensa brasileira, que se limitou a relatar que houve “choques” com “7 mortos” na Venezuela por ação “dos dois lados”. Não há relatos de ataques promovidos pelo governo, não há depredações de sedes de partidos de oposição, não há um só nome de um morto da oposição, não há uma só imagem em foto ou vídeo de governistas praticando violência ou vandalismo. O Jornal Nacional, em sua edição de terça-feira, ocultou tudo isso. A Folha de São Paulo, na edição desta quarta-feira, não dá um só detalhe sobre as vítimas fatais e sobre os atos dos oposicionistas. Os outros grandes meios de comunicação brasileiros fizeram exatamente o mesmo. O público desses veículos não sabe um dado crucial: todos os assassinados são governistas. Todos. Há corpos, há nomes dos corpos e nenhum deles é da oposição. Há sedes do partido do governo e unidades de programas sociais do governo depredados e basta ir a eles e comprovar. Inclusive, o mero exercício da lógica permite entender que o governo não teria por que promover uma farsa dessa magnitude, pois venceu a eleição. A quem interessa o caos? Aos que perderam, claro. Ao governo interessa a tranquilidade diante do resultado. Grupos de mídia como Organizações Globo, Grupo Folha, Grupo Estado, Editora Abril vivem acusando quem pede regulação da mídia, sobretudo o PT, de quererem “censura”. A crise na Venezuela, porém, mostra quem não apenas quer, mas pratica censura no Brasil. SINTONIA FINA – @riltonsp
A inflação já caiu, mas os de sempre querem a volta da ciranda financeira, assim não precisam produzir nada
Alta da Selic teria pouco efeito para frear inflação, mas acalmaria mercado
Para economistas, impacto sobre consumo seria pequeno, mas BC daria sinal de prudência
Pedro Carvalho – iG São Paulo Uma alta de 0,25 ou 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros, como cogita parte do mercado, teria efeito mínimo sobre o preço de bens e serviços ( veja no quadro abaixo), ou seja, provavelmente faria pouco para esfriar o consumo e a inflação no curto prazo – o principal argumento para que ela seja elevada. O Banco Central (BC) decide nesta quarta-feira qual será o valor dessa taxa, a Selic, para os próximos 45 dias – atualmente ela vale 7,25% ao ano, o menor patamar da história.
Nas últimas semanas, a inflação se tornou assunto no noticiário e nas ruas do País. A alta dos preços nos últimos 12 meses chegou a 6,59%, pouco acima da meta anual do governo. O temor da pressão inflacionária ganhou inclusive uma personificação do mal – o tomate. “Houve um problema de inflação, principalmente de alimentos e serviços. O tomate foi a grande estrela. Mas o preço dos alimentos já está caindo novamente, e tivemos a supersafra, que acabará ajudando”, afirma André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos. O Índice de Preços no Atacado caiu 2,99% no ano no que diz respeito à área agrícola. “Uma hora isso chega ao consumidor”, acredita Perfeito.
Além disso, por mais que o tomate esteja caro, quase ninguém parcela a compra da feira – ou seja, não se paga juros nessa operação. Mas mesmo bens que dependem de financiamento teriam o preço afetado apenas minimamente por uma eventual alta da Selic. Uma geladeira de R$ 1.500 paga em 12 meses resulta, hoje, em parcelas de R$ 159,83 e num total desembolsado de R$ 1.917,94. Se a Selic subir 0,25 ponto percentual, a parcela vai para R$ 160,01 e o montante final pula para R$ 1.920,17, somente R$ 2,23 mais caro ( veja mais exemplos no quadro abaixo).
“O Banco Central sabe que 0,25% a mais na Selic não vai segurar a inflação no curto prazo. A questão é outra. Seria mais para mostrar ao mercado que a autoridade monetária está atenta à inflação e não vai deixar que ela saia do controle”, diz Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor de estudos econômicos da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade.
“Subir os juros realmente não faz diferença nenhuma nos preços agora, não vai frear o consumo, mas tem efeito sobre a expectativa do mercado, é uma mensagem do BC”, afirma Alcides Leite, economista e professor da Trevisan Escola de Negócios.
O mercado tem pressionado pela alta. Economistas que participam das reuniões trimestrais com o Banco Central, quando a autoridade “ouve” os especialistas, afirmam que a ampla maioria consultada se diz favorável ao aumento. “Tem gente que diz que [ com a inflação atual] a gente já está sendo comparado com a Argentina, o que é um absurdo”, conta um desses especialistas.
“Não é uma conspiração maquiavélica para fazer o BC subir os juros”, diz Perfeito. O economista fala isso porque, de certa forma, o mercado financeiro se beneficiaria de juros mais altos, que remuneram melhor o capital investido dessa forma. “É só um desconforto real com os índices, que é revelado ao BC. Não é que o mercado joga contra, mas ele tenta olhar para o futuro e ver o que esperar – e uma inflação elevada seria ruim”, diz o economista, que não é favorável à subida da taxa.
Embora os efeitos de uma alta sejam pequenos sobre a inflação no curto prazo, eles podem ser significativos num horizonte mais estendido. “A médio prazo, poderia ter resultado, porque os empresários que controlam os preços sentiriam confiança na postura do governo sobre a inflação, ou seja, saberiam que os custos deles também não vão subir de forma descontrolada”, explica Oliveira, que é favorável ao aumento. “Normalmente sou contra, acho juros altos uma coisa ruim, mas não podemos descuidar da inflação, e no momento 60% dos itens medidos estão subindo de preço”, diz.
Efeitos colateais
O problema de elevar os juros, na visão dos economistas, é que isso não afeta somente a inflação, mas também – e talvez principalmente – inibe o crescimento econômico. Quando o dinheiro custa mais caro, fica difícil fazer investimentos de longo prazo na indústria, por exemplo. Ou convencer as pessoas a comprar imóveis e outros bens que dependem de financiamentos longos. Ou seja, a economia desacelera. E, no momento, ela já está desacelerando.
Os dados de fevereiro refletem esse esfriamento. O IBC-BR, considerado uma prévia do PIB, teve recuo de 0,52% no mês. A produção industrial caiu 2,5%. As vendas no varejo registraram baixa de 0,4%. O mau desempenho das ações na bolsa brasileira mostram que a economia anda devagar. Nos últimos 12 meses, o Ibovespa teve queda de 13%, resultado bem pior que em outros mercados importantes, como México (+10,55%), Nova York (+14,7%), Londres (+11,3), Frankfurt (+16%), Índia (+9,29%) e Turquia (incríveis +40%). “O mercado está tão incomodado com a inflação que não vê o óbvio – a economia está desacelerando”, diz Perfeito.
Poderia haver, ainda, outros efeitos indesejáveis. Os países ricos agora praticam políticas monetárias expansionistas. Isso significa que injetam dinheiro no mercado para estimular o consumo – é o caso do Japão, que vai colocar mais de US$ 1,4 trilhão na economia do país nos próximos dois anos. Mas, como lá os juros são baixíssimos, parte dessa dinheirama poderia vir parar aqui, onde se paga mais pelo seu uso – em outras palavras, onde os juros são altos.
Se uma Selic maior resultar em uma forte entrada de dólares no País, o preço da moeda americana tende a baixar – qualquer coisa que exista em maior quantidade fica mais barata, em tese. Isso é ruim para as exportações e teria impacto na balança comercial, que acumula um “superdéficit” de US$ 4,5 bilhões em 2013 – de longe, o recorde histórico para um início de ano.
Além disso, uma Selic mais alta sempre significa que o custo da dívida pública tende a subir. Isso porque a maioria dos títulos emitidos pelo governo para se financiar é indexado à taxa básica de juros.
Fato é que as autoridades monetárias têm dado ouvido às pressões do mercado pela alta da Selic. “Não há e não haverá tolerância com a inflação. Nós estamos nesse momento monitorando atentamente todos os indicadores e obviamente no futuro vamos tomar decisões sobre o melhor curso para a política monetária”, afirmou recentemente o presidente do BC, Alexandre Tombini. “Não titubeamos em tomar medidas. Inclusive posso dizer que, mesmo as medidas que são consideradas menos populares, são tomadas, por exemplo, em relação às taxas juros, quando isso é necessário”, disse, no mesmo dia, o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Assim, o governo estaria disposto a ceder parte do terreno conquistado com os cortes da Selic nos últimos anos, entendeu o mercado – que, após as declarações, elevou a chamada curva de juros de longo prazo. A redução sequencial da Selic foi, sem exagero, um evento histórico. A taxa teve dez cortes seguidos e caiu 5,25 pontos percentuais desde agosto de 2011. “Juros reais menores que a poupança é algo que não se vê desde o segundo império, se é que ocorreu antes”, diz Perfeito.
E, por mais que não exista a tal “conspiração maquiavélica”, parece provável que a diminuição na rentabilidade do mercado financeiro, causada em parte pelos juros menores, tenha a ver com a pressão para que a Selic volte a subir. “A inflação já esteve nesse patamar antes, e ninguém reclamava. Mas naquela época os juros eram mais altos”, lembra Leite, da Trevisan.
O novo trailer de “O Homem de Aço”, aka Super Homem
O post O novo trailer de “O Homem de Aço”, aka Super Homem apareceu primeiro em Diário do Centro do Mundo.
Luminosa, Leila tira um país diverso do coração no show Eu canto samba
Título: Eu canto samba
Artista: Leila Pinheiro (com Pretinho da Serrinha na foto de Mauro Ferreira)
Local: Theatro Net Rio (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 16 de abril de 2013
Cotação: * * * 1/2
Quando Leila Pinheiro cantou Verde (Eduardo Gudin e Costa Netto, 1985) no palco do Theatro Net Rio, nos mesmos tons radiantes com que defendeu no Festival dos Festivais este samba que lhe deu projeção nacional em 1985, uma onda de emoção tomou conta do público que assistia à estreia nacional do show Eu canto samba no Rio de Janeiro (RJ) na noite de 16 de abril de 2013. Tudo então pareceu fazer sentido neste show em que Leila tira um país de seu coração paraense e expõe em cena esse país musicalmente multifacetado em que o samba reverbera tanto na cadência popular de pagodeiros como Thiaguinho e Pezinho – autores do bonito pagode Minha razão (2012), pretexto para a entrada em cena de seu intérprete, Péricles, um dos convidados da cantora na estreia do show – quanto no tom lírico de um bamba imortal como Luiz Carlos da Vila (1949 – 2008), parceiro de Sombra e Sombrinha no sublime samba Além da razão (1988). Com canto luminoso, Leila Pinheiro surpreendeu positivamente em seu primeiro trabalho inteiramente dedicado ao samba. Inteligente e bem amarrado, o roteiro – assinado pela artista com Marcus Fernando – colaborou para o êxito do show em que a cantora se revigora ao dividir o palco com cinco jovens músicos oriundos da Serrinha, celeiro carioca de bambas desde os tempos do Império. Aliás, a entrada em cena do convidado Pretinho da Serrinha – em Conselho (Adilson Bispo e Zé Roberto, 1986) e Mas quem disse que eu te esqueço (Ivone Lara e Hermínio Bello de Carvalho, 1981) – reforçou a injeção de ânimo. O percussionista e vocalista do Trio Preto + 1 tem carisma. Mas a força do show reside mesmo no roteiro que alinha repertório longe do óbvio. Na estreia, Eu canto samba surpreendeu já na abertura quando, após a marcação de um surdo e do ronco de uma cuíca, as cortinas se abriram e Leila deu voz a Prece ao samba (Ivan Lins e Nei Lopes, 2006). Se o samba é ritmo sagrado no país que a cantora guarda em seu coração, a lembrança de Se é pecado sambar (Manoel Santana, 1950) – sucesso de Marlene na era do rádio – pareceu estar ali, na sequência do roteiro, para absolver Leila Pinheiro de qualquer eventual heresia no canto desse samba – para alguns – imaculado. Sem culpa por estar pisando em terreno já demarcado, Leila soube colher frutos nobres no vasto quintal carioca. Joia gravada por Alcione em disco de 1987, Raio de luar (Dauro do Salgueiro e Nei Lopes, 1985) ilumina o canto de Leila, mais expansivo neste show. Feliz, com um sorriso no canto, a intérprete soube seguir a receita alto astral de Entra no clima (Acyr Marques, Arlindo Cruz e Rogê, 2007) – número contagiante alocado quase ao fim do show – e reavivpu Esperanças perdidas (Adeilton Alves e Délcio Carvalho, 1972) com arranjo que cria clima de terreiro na introdução e no fim do número. Com menor poder de sedução, o bloco que agrega três sambas gravados por Paulinho da Viola na primeira metade da década de 80 – Prisma luminoso (Paulinho da Viola e José Carlos Capinam, 1983), Rumo dos ventos (Paulinho da Viola, 1982) e Onde a dor não tem razão(Paulinho da Viola e Elton Medeiros, 1981) – se ressentiu de ambientação inadequada. Ora mais extrovertido, o canto de Leila soou sem a densidade pedida por esses sambas filosóficos do compositor – geralmente o melhor intérprete de sua obra. A bossa de Leila Pinheiro é outra. Escorada em sua técnica vocal, a cantora sentou no banquinho e, com seu tamborim, celebrou à sua moda o legado de João Gilberto ao samba com set mais íntimo que encadeia quatro sambas dos anos 40 em que compositores da era pré-Bossa Nova exaltam mulheres de diversas cadências. Entram em cena Doralice (Dorival Caymmi e Antonio Almeida, 1945), Morena Boca de ouro (Ary Barroso, 1941), Rosa Morena (Dorival Caymmi, 1942) e Izaura (Herivelto Martins e Roberto Roberti, 1945). Seguiram-se exaltações a Nara Leão (1942 – 1989) e à escola de samba Estação Primeira de Mangueira antes de Leila pegar seu cavaquinho para refazer sua prece ao samba através de Eu canto samba (Paulinho da Viola, 1989), encerrando show de linha bem traçada pelo roteiro primoroso que se desvia do trilho oportunista. No bis, Por um dia de graça (Luiz Carlos da Vila, 1984) reitera a celebração à vida e à Arte em versos esperançosos que sonham com mais harmonia e mais felicidade no país multifacetado guardado por Leila Pinheiro em seu coração.
Bahia: Prefeitura de Jequié substitui Calypso por Daniela Mercury
Já era dada como certa a apresentação da banda Calypso, cuja liderança é de Joelma, cantora que comparou homossexuais a drogados, no São João de Jequié. O show seria em praça pública e pago com dinheiro público. Mas depois das polêmicas declarações da cantora sobre o casamento gay e os homossexuais de um modo geral, circula nos bastidores da música que a banda Calypso foi substituída justamente pela cantora Daniela Mercury, que recentemente assumiu sua relação homossexual com a jornalista Malu Verçosa. Também se apresentarão no evento a banda Aviões do Forró e o cantor Edgar Mão Branca. Com informações do blog de Marrom.
fonte: Bahia Notícias
Fux não podia ser amigo de Bermudes
As relações promíscuas na justiça — e na mídia — são um embaraço ético extraordinário. Como o sistema judiciário brasileiro pôde chegar ao descalabro que hoje, e apenas hoje, se sabe que é sua maior marca? Onde esteve a mídia, estes anos todos, que não viu nada, não denunciou nada e não propôs nada para
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Feliciano sobre namoro de Daniela Mercury e Malu: “existe oportunismo”
No “Programa Amaury Jr.” que vai ao ar nesta quarta-feira, o apresentador da Rede TV! entrevista Marco Feliciano, presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, que é acusado de homofobia e racismo. Na entrevista, o pastor contesta as acusações.
“Homofobia é uma doença, são pessoas violentas ou assassinas, eu tenho é posicionamento. Sou contra o casamento gay por princípio. Na Constituição Brasileira, a união estável é reconhecida entre homem e mulher. Segundo a Bíblia, isso não é casamento”, declarou o deputado a Amaury Jr..
Questionado pelo apresentador sobre a união da cantora Daniela Mercury com a jornalista Malu Verçosa, o deputado é taxativo: “Homossexualismo é um fenômeno comportamental. Não sou fã de Daniela, esse é meu posicionamento, eu sinto muito pelo que ela deve estar sofrendo, ela jamais teria sido capa de revista ‘Veja’ se não fosse este momento, existe oportunismo”, afirmou.
O deputado ainda diz sonhar com uma cadeira no Senado e que a pressão que vem sofrendo não é tão grande assim. A entrevista vai ao ar às 0h30.
Feliciano vem causando tumulto no mundo das celebridades, que se mobilizam para protestar contra a permanência dele no cargo de presidente da Comissão de Direitos Humanos. A primeira manifestação foi iniciada por Fernanda Montenegro e Camila Amado, que se beijaram durante uma premiação.
Dias depois, Bruno Gagliasso divulgou uma foto em que aparece dando um beijo no ator Matheus Nachtergaele. O mesmo ato foi feito por Fernanda Paes Leme e Fernanda Rodrigues, que também postaram a foto de um selinho entre elas, assim como Yasmin Brunet e Antonia Morais, irmã de Cleo Pires.
Narcisa Tamborindeguy também entrou na onda ao postar uma imagem em seu Twitter em que aparece com uma placa com os dizeres “Xô Feliciano”.
E, no festival Lollapalooza, que ocorreu em São Paulo, o rapper Criolo e a banda Planet Hemp interromperam suas apresentações para pedir a saída de Feliciano do cargo.
fonte: Flashland
EM MARÇO, BRASIL ABRIU 112.450 EMPREGOS FORMAIS
Quantidade foi indicada pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta quarta-feira; pesquisa da Reuters feita com analistas de mercado mostrou que a mediana das expectativas era de abertura de 110 mil vagas…
Brasília – A geração de postos de trabalho formais em março teve leve queda em relação ao mês anterior, saldo de 112,4 mil vagas, ante 123,4 mil vagas criadas em fevereiro. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado hoje (17). O saldo foi o melhor para março nos últimos três anos. O resultado é o cálculo da diferença entre mais de 1,8 milhão de trabalhadores admitidos e 1,7 milhão demitidos. Janeiro foi o mês até agora com o pior desempenho, com a criação de 28,9 mil postos – resultado mais baixo desde 2009, ano da crise financeira internacional. De acordo com o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, a expectativa do governo é a de que o ano termine com a geração de cerca de 1,7 milhão de novos postos de trabalho com carteira assinada. O saldo verificado em março seguiu igual dinâmica do mesmo mês em 2012, quando foram criados cerca de 111,7 mil postos de trabalho. Para o ministro, o resultado do mês passado indica a recuperação do mercado de trabalho, diante do fraco desempenho de janeiro. “Em fevereiro houve crescimento, nesse mês [março] também. Esperamos que estejamos em processo de recuperação e geração de emprego”, explicou Dias. Segundo ele, ainda que o Banco Central decida aumentar a taxa básica de juros, a medida não deverá ter impacto negativo sobre o mercado de trabalho. “[O mercado] vai continuar aquecido por causa do movimento econômico que se verifica no país. A economia não é só a indústria de transformação, mas uma soma de resultados”, disse. A indústria de transformação foi o segundo setor com o melhor desempenho, segundo dados do Caged – com mais de 25,7 mil postos criados em março. O melhor desempenho ficou com o setor de serviços, com a criação de 61,3 mil empregos – com destaque para as áreas de educação, comércio, administração de imóveis, transportes, comunicação e serviços médicos. “Na minha opinião, serviços é o emprego do futuro. Isso se dá pela ascensão da economia, pela melhoria de salários e pela maior circulação de recursos no país. Mensalmente, são bilhões injetados na economia, o que gera novos empregos. O crescimento se dá em uma cadeia”, informou o ministro. A agricultura, por outro lado, teve o pior desempenho levantado pelo Caged, com o fechamento de 4,4 mil postos, concentrados na Região Nordeste. Outra área com desempenho negativo foi o de serviços industriais de utilidade pública. “A agricultura nesse mês [março] foi ruim, especialmente a indústria sucroalcooleira. Os destaques negativos foram Pernambuco e Sergipe”, disse Dias, sobre o fechamento de 3,3 mil e 2,3 mil vagas nesses estados, respectivamente. De acordo com os dados do Caged, houve o acréscimo de 1,7% nos salários de março em comparação aos rendimentos de fevereiro, de R$ 1.061,71 para R$ 1.079,92. SINTONIA FINA – @riltonsp
Stedile: O Massacre de Carajás e pacto do latifúndio com o Judiciário
Stedile: “Passados 17 anos do Massacre de Carajás, a Justiça se contentou em apresentar à sociedade dois bodes expiatórios”
por João Pedro Stedile, em Terra Magazine
Uma marcha pacífica com mais de mil trabalhadores rurais organizados pelo MST percorria uma rodovia de Parauapebas a Marabá em 17 de abril de 1996. Foram encurralados por dois batalhões da Policia Militar, em uma no localidade conhecida como Curva do S, no município de Eldorado de Carajás.
Um batalhão saíra de Parauapebas e outro de Marabá, apoiados por caminhões boiadeiros, que trancaram a estrada dos dois lados.
Assim começou um massacre premeditado, realizado para dar uma lição naqueles “vagabundos vindos do Maranhão”, como expressaram os policiais nos autos dos processos. Os policiais saíram dos quartéis sem identificação na farda, com armamento pesado e balas verdadeiras. O comando de Marabá chegou a avisar o Pronto Socorro e o Instituto Médico Legal (IML) para ficarem de plantão…
O julgamento demonstrou que, além das ordens explícitas de Paulo Sette Câmara, secretário de segurança do governo tucano de Almir Gabriel, a empresa Vale do Rio Doce financiou a operação, cobrindo todos os gastos, porque o protesto dos sem-terra na rodovia atrapalhava a circulação de seus caminhões.
O resultado foi 19 mortos no ato, sem direito a defesa, 65 feridos incapacitados para o trabalho e dois mortos dias depois. O líder Oziel da Silva, com apenas 19 anos, foi preso, algemado e assassinado a coronhadas, na frente dos seus companheiros, enquanto um policial mandava que gritasse “Viva o MST”.
Esses episódios estão registrados em mais de mil páginas dos autos do processo e foram descritos no livro “O Massacre”, do jornalista Eric Nepomuceno (Editora Planeta). Passados 17 anos, foram condenados apenas os dois comandantes militares, que estão recolhidos em algum apartamento de luxo dos quartéis de Belém.
O coronel Pantoja ainda tenta se livrar da prisão e pede para cumprir a pena de 200 anos em regime domiciliar. Os demais responsáveis no governo federal e estadual e empresa Vale foram inocentados. A Justiça se contentou em apresentar à sociedade dois bodes expiatórios.
Impunidade dos latifundiários
No Brasil inteiro, o cenário é o mesmo: desde a redemocratização, foram assassinados mais de 1.700 lideranças de trabalhadores e apoiadores da luta pela terra. Somente 91 casos foram julgados. Apenas 21 mandantes foram condenados.
O Massacre de Carajás se inscreve na prática tradicional dos latifundiários brasileiros, que com seus pistoleiros fortemente armados ou por meio do controle da Polícia Miliar e do Poder Judiciário, se apropriam de terras públicas e mantêm privilégios de classe, cometendo sistematicamente crimes que ficam impunes.
A atuação do latifúndio corresponde à correlação de forças políticas. Durante o governo José Sarney, diante do avanço das lutas sociais e da esquerda, organizou a UDR (União Democrática Ruralista). Com isso, se armou até os dentes, desrespeitando todas as leis. Foi o período com o maior número de assassinatos. Os fazendeiros chegaram à petulância de lançar seu próprio candidato à Presidência, Roberto Caiado, que foi solenemente condenado pela população brasileira ao receber apenas 1% dos votos.
Nos governos Fernando Collor e FHC, com a derrota do projeto democrático-popular e da luta social que se aglutinava ao redor da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva em 1989, os latifundiários se sentiram vitoriosos e utilizaram sua hegemonia no Estado para controlar a manu militari a luta pela terra. Nesse período, aconteceram os massacres de Corumbiara (RO), em 1995, e de Carajás.
Lula chegou ao governo, em 2003, quando parte dos latifundiários tinha se modernizado e preferiu fazer uma aliança com o governo, apesar de ter apoiado a candidatura de José Serra. Em troca, recebeu o Ministério da Agricultura. Um setor mais truculento e ideológico resolveu dar uma demonstração de força e mandar avisos para demonstrar “quem de fato mandava no interior e nas terras”, ainda mais depois de Lula colocar o boné do MST.
Nesse contexto, aconteceram dois novos massacres, com ares de perversidade. Em 2004, a poucos quilômetros do Planalto Central, no município de Unaí (MG), uma quadrilha de latifundiários mandou assassinar dois fiscais do Ministério do Trabalho e o motorista da viatura, quando o grupo se dirigia a uma fazenda para fazer uma inspeção de trabalho escravo. Um dos fazendeiros se elegeu prefeito da cidade pelo PSDB e, até hoje, o crime está impune. O Estado não teve coragem de defender seus servidores.
O segundo massacre foi em novembro de 2005, no município de Felisburgo (MG), quando o fazendeiro-grileiro Adriano Chafik resolveu acabar com um acampamento do MST. Chafik foi com seus pistoleiros à fazenda e comandou pessoalmente a operação em um sábado à tarde. No ataque, deram tiros em direção às famílias, colocaram fogo nos barracos e na escola. O saldo foi o assassinato de mais cinco trabalhadores rurais e dezenas de feridos. Depois de oito anos de espera, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais marcou o julgamento do fazendeiro para 15 de maio, em Belo Horizonte. Esperamos que a justiça seja feita.
Os fazendeiros truculentos – que felizmente não são a maioria – agem assim, porque têm certeza absoluta de sua impunidade, graças ao conluio que mantêm com os poderes locais e com o Poder Judiciário. Agora, nos últimos anos, seu foco está voltado para o Poder Legislativo, onde mantêm a chamada Bancada Ruralista, para mudar leis e para se proteger da lei vigente.
Já fizeram as mudanças no Código Florestal e impedem a implementação da lei que obriga a desapropriação das terras dos fazendeiros que exploram o trabalho escravo. A cada ano, a Polícia Federal liberta em média dois mil seres humanos do trabalho escravo. No entanto, os latifundiários continuam com essa prática, apoiados na impunidade do Poder Judiciário.
Tiveram a coragem de encaminhar projetos de lei que contrariam a Constituição para impedir a demarcação das terras indígenas já reconhecidas, legalizar o arrendamento das áreas demarcadas e permitir a exploração dos minérios existentes. Foram apresentados projetos também para travar a titulação de terras de comunidades quilombolas.
Uma série de projetos foi apresentada para liberar o uso de agrotóxicos proibidos na maioria dos países, classificados pela comunidade cientifica como cancerígenos, e para impedir que os consumidores saibam quais produtos são transgênicos. Por que não querem colocar no rótulo nos produtos transgênicos, já que garantem segurança total para a saúde das pessoas?
A sanha da ganância dos fazendeiros não tem limites. No interior, usam com mais frequência a violência física e os assassinatos. No entanto, essa sanha tem consequências diretas para toda a população, pela apropriação das terras públicas, pela expulsão dos camponeses do meio rural que incha as favelas e pelo uso indiscriminado dos agrotóxicos, que vão parar no seu estômago e causam câncer. Infelizmente, tudo isso é acobertado por uma mídia servil e manipuladora da opinião pública.
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