Rio terá gasto de R$ 26 milhões com transporte de católicos
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Os venezuelanos fizeram a escolha certa
A vitória de Maduro representa o combate à abjeta desigualdade social que a elite venezuelana construiu ao longo dos tempos. E Nicolas Maduro ganhou. Foi uma vitória apertada, é verdade: 51% a 49%. Mas, consideradas as circunstâncias, foi um feito extraordinário. Lembremos. Poucos meses atrás, Maduro era virtualmente desconhecido. Os venezuelanos tomaram real contato com
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Revolução Bolivariana segue com Maduro
No pleito presidencial deste domingo (14), Nicolás Maduro, o candidato da Revolução Bolivariana venceu o direitista Henrique Capriles por 50,6 6% a 49,07%. A diferença é de cerca de 200 mil votos. O comparecimento às urnas foi de 78,71%. Os dados foram divulgados apenas com 99,12% das urnas apuradas, quando o resultado é irreversível, pela presidenta do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Tibissay Lucena.
“Com a morte de Hugo Chávez, acharam que era o fim da história. Temos um triunfo legal, Constitucional, popular. São mais de 200 mil votos de diferença. Se tivesse perdido por um voto estaria aqui para assumir minha responsabilidade e entregar o cargo. Mas estou aqui para assumir a vontade do povo”, disse Maduro em seu discurso de vitória.
O presidente eleito pediu respeito, tolerância e disse que ele mesmo faz questão de que haja uma auditoria para que não sobre dúvidas sobre este processo eleitoral. O CNE anunciou que será realizada uma auditoria cidadã. Desta forma, a orientação é os comandos de campanha solicitem a auditoria de 100% dos comprovantes de votação.
O órgão eleitoral também sugeriu que os acompanhantes internacionais estendam sua estadia no país para acompanhar este novo processo.
Chávez invicto
“Não voltarão. Não voltarão. Não voltarão. Não voltarão”, bradaram as pessoas presentes no Balcão do Povo no Palácio de Miraflores, em referência à burguesia que dominou o país durante toda a Quarta República.
“Chávez segue invicto. E seu filho será presidente da República e vai mostrar do que é capaz, vai construir uma pátria de amor, de paz, de prosperidade”, vaticinou Maduro.
A vitória apertada e o trunfo de Maduro
A vitória do chavismo foi apertada. Mas incontestável: Nicolás Maduro teve 50,66%, contra 49,07% de Capriles (isso faltando menos de 1% para totalizar). Diferença de mais de 200 mil votos. A Venezuela votou no candidato de Chavez. Na Democracia é assim: 50% mais um significam vitória. E ponto.
Ano passado, nos EUA, Barack Obama ganhou a reeleição por dois pontos percentuais no voto popular. Foi uma eleição radicalizada. Do outro lado, havia eleitores republicanos que consideravam Obama uma espécie de “demônio socialista”, por conta do projeto de assistência pública de saúde. Os EUA viraram um país “dividido” e “ingovernável”? Não. Obama governa. E Mitt Romney sumiu, no fundo das xícaras do Tea Party.
A diferença é que nos EUA não há embaixada americana para fomentar golpe e instabilidade…
Isso quer dizer que a vida de Maduro será fácil? Não. A direita venezuelana mostrou força. A tendência dos chavistas, de tratar todo adversário como “fascista” e “oligarca”, não cola. Metade do país é fascista? Maduro terá que moderar o discurso…
Chavez tirou o Estado (e o petróleo) das mãos da oligarquia, criou programas sociais, deu dignidade para os pobres. Isso tudo é fato. Vi de perto, em quatro viagens à Venezuela nos últimos cinco anos. Mas há problemas sérios de gestão. E isso ficou claro desde a primeira vez que visitei Caracas, em 2007.
Desde aquela época, escrevi: a oposição, com 45% dos votos (era o que conseguia, na época), tem força para fazer a disputa democrática, em vez de apelar para o golpismo.
E aí vamos ao segundo ponto. A derrota por margem estreita tira o argumento daqueles que – em Caracas, em Washington ou no Jardim Botânico carioca – afirmam: a Venezuela chavista é uma ditadura. Bobagem. A oposição tem força midiática, presença nas TVs e jornais, liberdade de organização. E há um esquema limpo para contagem de votos.
O resultado, por margem estreita, é um chamado para a moderação. De lado a lado. A vitória apertada porde ser um trunfo de Maduro, na legitimação de seu governo. Só que os chavistas precisam agora dialogar com o centro, com aqueles que até apóiam as políticas sociais do governo – mas estão insatisfeitos com a gestão do dia-a-dia. Em Caracas, por exemplo, há problemas sérios nas áreas de segurança, coleta de lixo, transporte…
Capriles deveria apostar no institucional, cobrando que o governo resolva os problemas concretos da população. Os tempos de subir no muro da Embaixada cubana e de fomentar golpes acabaram. Será que Capriles terá grandeza para assumir o novo papel? O problema é que parte da oposição quer golpe e confronto. E o outro problema são os gringos, acostumados com o jogo sujo. Nos últimos dias, surgiram indícios de que a CIA pode ter infiltrado mercenários armados na Venezuela.
Maduro, por seu lado, terá que enfrentar uma burguesia e uma classe média furibundas (é esse o núcleo duro da oposição, com 30% a 40% dos votos) e, ao mesmo tempo, dialogar com aqueles 10% a 15% que votaram em Capriles mas não são “oligarcas” antipovo.
Não basta mais invocar a figura de Chavez apenas. O presidente morto levou Maduro até o Palácio. Agora Maduro é quem precisa escrever sua história.
Não podemos descartar que setores da oposição partam para campanhas abertas de desestabilização nos próximos dias. Mas será difícil justificar atos de violência quando – pelo voto – a oposição foi capaz de “quase” ganhar.
Contraditoriamente, portanto, a aparente fragilidade de Maduro (“ganhou por apenas 2 pontos”) é também sua força estabilizadora. A Venezuela é uma democracia. E deve ser respeitada como tal.
O Brasil terá um papel importante, rechaçando qualquer tentativa de ataque “por fora” da Democracia.
Fiquemos atentos. E não esqueçamos: em Caracas, há embaixada dos Estados Unidos. Fonte de golpes e instabilidade na história da América Latina.
Maduro eleito com 50,6%. Chávez é vitorioso
Eleição de Nicolás Maduro projeta a continuidade de regimes de esquerda na América Latina; nos últimos anos, com a riqueza gerada pelo petróleo, o regime de Caracas reduziu a desigualdade social e apoiou vários países da região, como a Bolívia, o Equador, a Argentina e, sobretudo, Cuba, além de El Salvador e Nicarágua…
Maduro promete dar continuidade à Revolução Bolivariana, mas, sem o carisma de Chávez, terá que construir sua própria liderança.
Nicolás Maduro é eleito com 50,66% dos votos
Há exatamente 40 dias, Nicolás Maduro anunciava à Venezuela em cadeia nacional, em lágrimas: “às 16h25 de hoje, 5 de março, faleceu o comandante presidente Hugo Chávez Frías”. Semanas de luto se passaram enquanto o país se preparava para uma nova eleição. Neste domingo (14/04), após 10 dias de campanha eleitoral – a mais curta da história venezuelana – Maduro foi eleito presidente com 50,66% dos votos (7.505.338), contra 49,07% de Henrique Capriles (7.270.403). A participação foi de 78%.
Essa foi a primeira eleição presidencial sem Chávez desde que o presidente foi eleito pela primeira vez, em 1998. Chávez passou por quatro eleições, sendo que na última derrotou o governador do Estado de Miranda, Henrique Capriles, também rival de Maduro no pleito deste domingo. Ele morreu após uma longa batalha contra um câncer na região pélvica.
Após votar, Maduro esperou o resultado no Quartel da Montanha, no bairro de 23 de Janeiro, em Caracas. É lá que o corpo de Chávez repousa desde 15 de março, após ser velado na Academia Militar. Nos dias de homenagens, centenas de milhares de pessoas esperaram por até 30 horas na fila para dar seu adeus ao presidente.
“Jamais me imaginaria aqui, mas estou aqui”, afirmou Maduro após votar em colégio do bairro de Catia. Durante a votação, o agora presidente eleito da Venezuela aparentava estar bastante emocionado. No momento de depositar seu voto na urna, levantou a mão para cima, como se dedicasse o gesto a Chávez.
A partir de segunda-feira (15/04), Maduro, segundo suas palavras, “terá a tarefa de dar continuidade ao processo revolucionário liderado por Chávez há 14 anos”. De acordo com ele, durante coletiva de imprensa em Catia, os principais desafios são acabar com a violência e fortalecer os investimentos econômicos para desenvolver a indústria venezuelana.
Maduro também pediu que “o ódio e a intolerância” acabem na Venezuela, em referência à oposição do país. “Aqui sempre houve diálogo. Inclusive após tirarem Chávez do poder em 2002. Mas não há pacto algum com a burguesia, mas sim com o trabalhador, com o camponês”, disse após votar, acompanhado da sua família e da de Chávez.
Dia de votação
Durante todo o dia, apoiadores de Maduro e Capriles percorreram as ruas de Caracas convocando a população a votar. Na Venezuela, o voto não é obrigatório. “Faltam quatro horas, povo venezuelano. Honremos nosso comandante!”, gritavam alguns “motorizados”, como são chamados os motoqueiros, em frente ao colégio onde Maduro votou. Longe dali, no bairro de Sábana Grande, um casal de estudantes perguntava a quem passava “Já votou? Lembre-se que é a hora da mudança!”, repetindo slogan da campanha de Capriles.
Na noite de sábado (13/04), os dois principais candidatos convocaram coletivas e chamaram a população a votar e pediram paz no processo eleitoral. A oposição questionou a transparência do CNE (Conselho Nacional Eleitoral), sugerindo que houve episódios suspeitos em eleições passada.
As eleições foram acompanhadas por observadores internacionais da OEA (Organização dos Estados Americano), do Mercosul, por observadores independentes convidados pela oposição e pela missão observadora eleitoral da Unasul (União de Nações Sul-Americanas).
Maduro tem 51 anos, foi motorista de ônibus e participou desde o início do movimento de esquerda venezuelano. Em 2000, foi eleito deputado da Assembleia Nacional e, em 2006, assumiu o cargo de Ministro de Relações Exteriores do governo de Chávez, no qual se manteve até o final de 2012, quando foi designado vice-presidente do país. Em 8 de dezembro do ano passado, dia em que Chávez anunciou que retornaria a Cuba para uma nova cirurgia contra um câncer, o presidente afirmou que Maduro seria candidato a uma nova eleição caso ele não pudesse seguir na função.
Crianças estão sendo linchadas por crianças com celulares
Duas meninas se mataram depois de ser estupradas e as fotos do crime serem compartilhadas no Facebook. Duas adolescentes se mataram pelo mesmo motivo. Audrie Taylor Pott, americana de 15 anos, foi estuprada numa festa por três garotos de 16. Eles a fotografaram nua e inconsciente. Pelo menos uma das fotos tornou-se viral. Audrei desesperou-se.
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A vitória apertada e o trunfo de Maduro
A vitória do chavismo foi apertada. Mas incontestável: Nicolás Maduro teve 50,66%, contra 49,07% de Capriles (isso faltando menos de 1% para totalizar). Diferença de mais de 200 mil votos. A Venezuela votou no candidato de Chavez. Na Democracia é assim: 50% mais um significam vitória. E ponto.
Ano passado, nos EUA, Barack Obama ganhou a reeleição por dois pontos percentuais no voto popular. Foi uma eleição radicalizada. Do outro lado, havia eleitores republicanos que consideravam Obama uma espécie de “demônio socialista”, por conta do projeto de assistência pública de saúde. Os EUA viraram um país “dividido” e “ingovernável”? Não. Obama governa. E Mitt Romney sumiu, no fundo das xícaras do Tea Party.
A diferença é que nos EUA não há embaixada americana para fomentar golpe e instabilidade…
Isso quer dizer que a vida de Maduro será fácil? Não. A direita venezuelana mostrou força. A tendência dos chavistas, de tratar todo adversário como “fascista” e “oligarca”, não cola. Metade do país é fascista? Maduro terá que moderar o discurso…
Chavez tirou o Estado (e o petróleo) das mãos da oligarquia, criou programas sociais, deu dignidade para os pobres. Isso tudo é fato. Vi de perto, em quatro viagens à Venezuela nos últimos cinco anos. Mas há problemas sérios de gestão. E isso ficou claro desde a primeira vez que visitei Caracas, em 2007.
Desde aquela época, escrevi: a oposição, com 45% dos votos (era o que conseguia, na época), tem força para fazer a disputa democrática, em vez de apelar para o golpismo.
E aí vamos ao segundo ponto. A derrota por margem estreita tira o argumento daqueles que – em Caracas, em Washington ou no Jardim Botânico carioca – afirmam: a Venezuela chavista é uma ditadura. Bobagem. A oposição tem força midiática, presença nas TVs e jornais, liberdade de organização. E há um esquema limpo para contagem de votos.
O resultado, por margem estreita, é um chamado para a moderação. De lado a lado. A vitória apertada porde ser um trunfo de Maduro, na legitimação de seu governo. Só que os chavistas precisam agora dialogar com o centro, com aqueles que até apóiam as políticas sociais do governo – mas estão insatisfeitos com a gestão do dia-a-dia. Em Caracas, por exemplo, há problemas sérios nas áreas de segurança, coleta de lixo, transporte…
Capriles deveria apostar no institucional, cobrando que o governo resolva os problemas concretos da população. Os tempos de subir no muro da Embaixada cubana e de fomentar golpes acabaram. Será que Capriles terá grandeza para assumir o novo papel? O problema é que parte da oposição quer golpe e confronto. E o outro problema são os gringos, acostumados com o jogo sujo. Nos últimos dias, surgiram indícios de que a CIA pode ter infiltrado mercenários armados na Venezuela.
Maduro, por seu lado, terá que enfrentar uma burguesia e uma classe média furibundas (é esse o núcleo duro da oposição, com 30% a 40% dos votos) e, ao mesmo tempo, dialogar com aqueles 10% a 15% que votaram em Capriles mas não são “oligarcas” antipovo.
Não basta mais invocar a figura de Chavez apenas. O presidente morto levou Maduro até o Palácio. Agora Maduro é quem precisa escrever sua história.
Não podemos descartar que setores da oposição partam para campanhas abertas de desestabilização nos próximos dias. Mas será difícil justificar atos de violência quando – pelo voto – a oposição foi capaz de “quase” ganhar.
Contraditoriamente, portanto, a aparente fragilidade de Maduro (“ganhou por apenas 2 pontos”) é também sua força estabilizadora. A Venezuela é uma democracia. E deve ser respeitada como tal.
O Brasil terá um papel importante, rechaçando qualquer tentativa de ataque “por fora” da Democracia.
Fiquemos atentos. E não esqueçamos: em Caracas, há embaixada dos Estados Unidos. Fonte de golpes e instabilidade na história da América Latina.
Nos próximos meses também podem aparecer mais detalhes sobre o câncer que matou Chavez. A Venezuela segue a ser o centro de uma batalha continental. Os Estados Unidos querem retomar o velho quintal…
PS: assim que acabei de escrever esse texto, já na madrugada de segunda-feira, Henrique Capriles anunciou que não reconhecia os resultados eleitorais; vai pedir recontagem total de votos. Joga na instabilidade, o que na verdade pode tirar dele parte do eleitorado (não chavista, mas tampouco antichavista). É uma jogada arriscada. E que pode incendiar a Venezuela. Difícil acreditar que Capriles tome essa direção sem apoio externo daqueles que já fizeram tombar governos legítimos em Honduras e no Paraguai. Espero estar errado, mas acho que tempos difíceis nos aguardam na América do Sul. E esse clima pode “contaminar” o Brasil.
OBLIVION | Mesmice de Cruise não compromete o belo sci-fi de J. Kosinski
Por Maurício Vassali
Há uns dias, li uma matéria sobre a forma como o americano Tom Cruise tem conduzido sua carreira, comparando-o ao outrora elogiado Nicolas Cage. O repeteco de papeis onde sua inexpressividade é marca registrada é, realmente, desanimador em termos de atuação. Muito apesar de Cruise ser um rosto inegavelmente conhecido em blockbusters de ação prestigiados – e devo deixar clara minha admiração pelo seu desempenho físico que geralmente descarta os dublês –, o ator parece estar disposto a usar deste atributo até o seu esgotamento. Entretanto, pelo menos por enquanto, sua figura célebre e influente deve participar de projetos até sofisticados.
Este é o caso de Oblivion, que teve estreia no Brasil no último dia 12. O filme se passa na Terra do futuro, após a invasão e guerra contra os scavs, da qual a humanidade saiu vitoriosa, mas pagou um preço alto: o próprio planeta. Os seres humanos encontraram refúgio em Titã, uma lua de Saturno, enquanto que o casal Victoria e Jack continua na Terra retirando seus últimos recursos. Com a queda de uma nave espacial que carregava humanos vivos em uma espécie de cápsula, Jack consegue resgatar Julia, uma moça que constantemente aparecia em sua limitada memória. A partir daí, Jack passa a desvendar certas verdades que, até então, permaneciam em sigilo.
As questões levantadas por Jack levam o espectador a momentos instigantes, mas que infelizmente se revelam básicos demais para surpreender em termos de enredo. O roteiro, baseado no comic book de Joseph Kosinski, que dirige o filme e tem parceria no script com outros dois roteiristas, não consegue um eficiente envolvimento do espectador. Este permanece relativamente distante devido aos inúmeros diálogos clichês e artificiais pronunciados por personagens pouquíssimo desenvolvidos. Ainda assim, quando o protagonista começa a levantar questionamentos e certas conspirações passam a ser reveladas, o público se anima. O problema é que, até chegar neste ponto do longa, o tempo passa sem muito a oferecer além de flashbacks e referências a outros longas, incluindo Tom Cruise bancando o WALL-E. Com direito a plantinha.
Felizmente, Kosinski faz um trabalho de direção muito interessante, contornando os sérios problemas do roteiro. É ele o responsável por manter o público no cinema até que o enredo resolve se mostrar interessante. O diretor usa e abusa de planos abertos que valorizam a geografia irreconhecível da Terra e utiliza com propriedade de travellings que, além de explorarem aquele universo, ainda dinamizam o longa com um ritmo funcional enquanto ação, mesmo quando adotando uma postura contemplativa. Assim, sequências bobinhas no papel acabam resultando em momentos extasiantes devido ao apuro visual de Kosinski, como quando Jack explora uma biblioteca e nada na direção e montagem parece fora de lugar.
O visual do filme ganha ainda mais com a arte bastante clean nas ambientações futuristas, investindo no branco e prata sob uma iluminação irretocável. Efeitos visuais super afinados não surgem apenas com o objetivo de causar impacto em sequências de ação, mas também de criar espaços que vão do high tech ao pós-apocalíptico com muita verossimilhança. Ainda em relação à parte técnica, é impossível não mencionar o belo trabalho de design de som, que confere aos inúmeros aparatos ruídos sempre muito interessantes e inventivos que, combinados com a trilha sonora, original ou não, garantem um trabalho de som elogiável.
Uma pena que as atuações, apesar de não serem ruins, se mantêm apáticas ou no piloto automático, a começar pelo já mencionado Tom Cruise, que faz uma versão futurista de seu Ethan Hunt, de Missão Impossível. O americano se expressa sempre da mesma forma ao encarnar o justiceiro com ares de gostosão inabalável, com pitadas de um sentimentalismo superficial. Não que ele seja péssimo, mas tal continuidade de papeis começou a irritar, já que ele emprega em todos os personagens os mesmos trejeitos. Olga Kurylenko e Andrea Riseborough agradam pela beleza, porque interpretam mulheres lineares e desinteressantes que, muitas vezes, fazem as atuações de ambas parecerem coreografadas até no olhar. Morgan Freeman faz o papel que ele costuma fazer muito bem, mas sua participação é tão rápida que ele fica mais para figurante do que coadjuvante. Uma pena.
Se colocados na balança, entretanto, o roteiro problemático, Tom Cruise e sua eterna faceta de um lado e a identidade técnica e visual de outro, não há dúvidas de que Oblivion é um exemplar de sci-fi que dá certo. A direção competente e os elementos futuristas são certeiros ao criarem uma experiência cinematográfica que enche os olhos e os ouvidos, mesmo desperdiçando todo o aval de emoções e ideias que poderia apresentar.
Sobre Cruise, seus próximos projetos anunciados são Mission: Impossible 5, Van Helsing e All you need is kill. Ai, ai.
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Maurício Vassali, mestrando em Ciências Ambientais pela UFRRJ, nasceu em uma cidade com 5 mil habitantes, viciado no termo gauchesco “bah” e tem uma dissertação pra escrever, mas não sai do cinema.
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O tempo que a vida tem: Sêneca e o valor inestimável de cada segundo
Por João Victor,
Podes me indicar alguém que dê valor ao seu tempo, valorize o seu dia, entenda que se morre diariamente? – Sêneca
Não sei quanto a você, leitor, mas ultimamente eu ando sem tempo. Tudo bastante corrido, os compromissos multiplicando-se, os lugares para onde ir também, e o tempo para ir, totalmente preenchido. Ando pensando nisso e, curiosamente, daí veio minha idéia para o post de hoje.
Porque não é bem o caso de eu estar tão atarefado que não tenho tempo para ficar com a minha namorada, ou sair com os amigos, ou para ler um bom livro, ou para escrever algo. Eu tenho tempo para isso. Divido meu tempo entre o trabalho, a universidade e meus gostos pessoais. E, adivinhem só, não sobra tempo para absolutamente nada, fora isso tudo.
Talvez você esteja pensando: “e o que diabos eu tenho a ver com isso? Escreve suas confidências no facebook, ô carente!”. Deixe eu me explicar. Tudo isso é um prelúdio para um texto de Sêneca chamado “Da economia do tempo”. Só dou esse toque de pessoalidade ao texto porque não há como explorar a ideia de Sêneca sem sermos pessoais e reflexivos de nossa própria vida.
Sêneca foi um filósofo da Antiguidade, educador – ao menos, ele tentou – de Nero, um estóico cuja serenidade filosófica foi tamanha que, ao receber de Nero, que o acusava de traição, a ordem de que se suicidasse, cumpriu-a sem hesitar. Sêneca é um dos filósofos e literatos mais marcantes que conheço. Tanto sua escrita quanto suas idéias chegam a parecer mentira, de tão delicadas e profundas. Nessa epístola, o que digo fica bem claro. Uma página em que ele recomenda ao amigo Lucílio que aproveite todas as suas horas, dizendo que ele será menos dependente do amanhã se se lançar ao presente. Sêneca recomendava a tranqüilidade da alma conjugada com a ação constante, de modo a levar uma vida serena e virtuosa. E, para isso, a ociosidade só podia ser ruim.
Ao trazer esse texto, tenho em mente o que ele pode dizer a nós, brasileiros no século XXI. Não se pode cometer o erro de pensar que encaro o texto de Sêneca como algo que permite um elogio do trabalho duro contemporâneo, nos moldes que encontramos. De fato, acho horrível que tantas pessoas trabalhem tanto tempo de suas vidas, sem ter tempo para vivê-las. Bertrand Russell escreveu uma obra chamada “Elogio do ócio” que fala bem disso. Deveríamos, diz Russell, ter tempo para nos dedicarmos ao que gostamos, ao que nos dá prazer e nos engrandece interiormente.
Aí, Sêneca, Russell e eu entramos num acordo. Pois a ocupação de Sêneca tinha muito a ver com sua reflexão filosófica e sua atividade literária, coisas bastante inúteis para o nosso tempo. Mas o fato de ocupar o tempo com isso é maravilhoso. Escrever um conto, ou ler uma obra de filosofia, refletindo, após a leitura, sobre o problema levantado é algo que melhora e torna bem mais interessante o tempo usado. Então, o que Sêneca recomenda é usar seu tempo de modo útil, o que não requer, necessariamente, o trabalho tradicional, mas requer alguma ocupação que possa dar frutos.
Isso não descarta ocupar-se com o que a sociedade naturalmente nos exige, mesmo porque isso é necessário para a própria sobrevivência (da maior parte de nós, pelo menos). É uma questão de olhar a vida e pensar: “não vou desperdiçá-la, e sim preencher cada segundo com algo de importante”. O leitor tem a chance de decidir aí o que é importante.
Por isso, o toque pessoal no início do texto. Meu “importante” tem muito a ver com o que me ocupa o tempo. E, então, no fim das contas, ociosidade é algo que realmente me falta. Não condeno o “não fazer nada”, apenas considero-o, como Sêneca, prejudicial enquanto prática constante. Há muito mais o que fazer, mais do que Sêneca poderia imaginar, inclusive. Nem nós fazemos a menor idéia do tanto a fazer que existe nesse mundo. Por isso não tenho o menor problema em ter uma ociosidade nula.
É, leitor, eu ando sem tempo. Espero que você também.
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João Víctor O. Gomes é estudante de filosofia da UNB. Ocupa seu tempo livre tentanto descobrir a Pergunta Fundamental (a Resposta, nós já temos) sobre a Vida, o Universo e Tudo o Mais. Da filosofia e de seus livros adquiriu problemas de visão, nenhuma perspectiva de um futuro financeiro promissor e muitas dúvidas.
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O novo vídeo do coreano Psy é mais poderoso que uma bomba atômica
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SE MADURO VENCER, OU SEU POVO É LOUCO OU A MÍDIA MENTE
Por Eduardo Guimarães
Enquanto escrevo, algumas horas separam o mundo do resultado da campanha eleitoral-relâmpago a que a Venezuela foi empurrada pela morte de Hugo Chávez. Escrevo, pois, sobre o futuro, o que é uma temeridade.Mas ouso arriscar. PDF
Lendo o noticiário brasileiro sobre aquele país, tento esquecer de tudo o que sei sobre ele de forma a levar em conta tais notícias. O fato é que, sem conhecer a realidade venezuelana, torna-se praticamente impossível acreditar que o candidato do chavismo, Nicolás Maduro, possa vencer. A menos que os quase 29 milhões de venezuelanos sejam masoquistas ou completamente doidos, se me pautar pelo noticiário concluirei por uma vitória acachapante do principal entre os sete candidatos opositores: Henrique Capriles Radonski. O noticiário sobre a Venezuela remete a um inferno. Inflação e violência estariam fora de controle, o povo estaria sendo castigado por desabastecimento de gêneros de primeira necessidade, imperaria censura à imprensa… Ufa! Que país é esse do noticiário? Um país em ruínas, claro. Ora, em tal situação seria impossível que ao menos metade mais um dessas quase três dezenas de milhões de venezuelanos mantenha um governo tão incompetente. Convenhamos: isso que acabo de escrever não é uma opinião, é um fato inquestionável. Com a morte de Chávez, torna-se temerário fazer previsões peremptórias sobre o resultado da eleição. Não se pode comparar Maduro a ele. E o noticiário diz que os venezuelanos estão sofrendo. Entretanto, uma pista sobre o que deve acontecer neste domingo eleitoral na Venezuela pode ser encontrada no conjunto das pesquisas eleitorais sobre o país, que exponho ao escrutínio do leitor logo abaixo. Vejamos: Apesar de um instituto dar vantagem a Capriles (Datamática), todos os outros dão vitória a maduro. Contudo, não se pode levar em conta os números desse instituto argentino, pois fez a pesquisa por telefone. Se pecarmos por apego à verdade factual, concluiremos que o noticiário da grande imprensa brasileira sobre maduro é tão confiável quanto a pesquisa do instituto argentino Datamática. A grande imprensa brasileira, como se sabe, não disfarça uma troca escandalosa do jornalismo por torcida político-ideológica. Assim, o grande prejudicado é o público que tenta entender o que acontece naquele país. Em absolutamente todas as eleições que vêm ocorrendo na Venezuela desde 1999, perto da eleição a mídia internacional alinhada ao noticiário made in USA sempre aponta uma reação da oposição de última hora, a qual nunca se confirma. Desta vez não é diferente. Os Jornais Nacionais, nos últimos dias, pela enésima eleição venezuelana relatam que, “nos últimos dias, caiu a diferença” entre o candidato chavista e o da oposição. O resultado da eleição venezuelana, que em algumas horas – a partir da publicação deste texto – se fará conhecer graças ao sistema de urnas eletrônicas que, a exemplo do Brasil, a Venezuela também usa, reforçará o descrédito do jornalismo made in USA. Apesar de que esse tipo de jornalismo que impera na grande mídia brasileira previsivelmente tentará convencer as pessoas de que a maioria absoluta dos venezuelanos é composta por masoquistas alucinados, caso Maduro seja eleito ninguém que conheça a realidade latino-americana acreditará nisso. Se existe hoje um povo que não brinca na hora de votar, esse povo é o latino-americano. Esta parte do mundo já sofreu muito por escolhas eleitorais equivocadas e hoje vota com o bolso, com o estômago e com suas perspectivas de vida. Os venezuelanos, portanto, sabem muito bem por que votam. Se Nicolás Maduro vencer a eleição hoje, você que acredita no que o noticiário made in USA diz sobre a Venezuela terá todas as razões lógicas para acreditar que tal noticiário é uma farsa, caso pense logicamente. SINTONIA FINA – @riltonsp
Box da série ‘Triple collection’ reúne os álbuns ‘Van Halen’, ‘1984’ e ‘5150’
Gerson Carneiro: não basta ser caridoso, tem que ser chiqueroso
Por: Gerson Carneiro
“Já doei bolsa Prada à Campanha do Agasalho. Neste ano, foram roupas Daslu e Juliana Jabour. Os beneficiados podem precisar de peças assim para uma entrevista de emprego, por exemplo” , Sophia Alckmin.
Filha de Geraldo Alckmin faz sua contribuição social, anuncia um certo blog.
O que um miserável faz com uma bolsa Prada numa madrugada fria?
Talvez guardar trufas negras de R$ 6.000,00 o quilo (muito mais caras que os tomates da Ana Maria Braga) doadas por FHC.
Meu sonho é ganhar um terno Armani na Campanha do Agasalho.
E esse meu amigo está precisando de bolas de golf.
A cobertura fotográfica das eleições venezuelanas por Joka Madruga
O fotógrafo Joka Madruga esteve em Caracas cobrindo a última semana da campanha das eleições para presidência na Venezuela e cobriu a votação neste domingo.
Para conhecer o excelente trabalho deste fotógrafo visite o seu site: http://www.terralivrepress.com
Venezuelanos vão às urnas neste domingo, 14 de abril de 2013, em Caracas. Foto: Joka Madruga / Futura Press
Limites civilizados
“A redução permanente da taxa de inflação no Brasil para limites civilizados está longe de poder ser resolvida pela elevação da taxa de juros, simplesmente com a manipulação da Selic. Todos sabem, em especial nos mercados financeiros, que conter a inflação depende de uma ação coordenada dos governos e do suporte da sociedade na redução dos benefícios ilegítimos apropriados por amplos segmentos nos setores públicos e privados.
É de setores do mercado financeiro que surgem, contudo, as reações menos “civilizadas” à postura cautelosa do governo no trato da política monetária. Quando o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, diz, em audiência pública no Senado Federal, que o mercado precisa entender não haver “qualquer hipótese de o governo da presidenta Dilma e o próprio BC serem tolerantes com a inflação”, logo os agentes financeiros começam a especular que a autoridade monetária prepara o ambiente para a alta da Selic, “se não na reunião de maio do Copom, quem sabe até antes, na de abril…”
Especuladores muito ansiosos defendem sem constrangimento a conveniência de promover a elevação do juro -real “para gerar logo algum desemprego e, assim, reduzir a taxa de inflação que teima em se aproximar do limite superior da meta”. Como o mercado é viciado em volatilidade, agentes mais excitados trataram de enxergar ambiguidade na colocação de meridiana clareza do presidente do BC, em resposta ao questionamento dos senadores durante a audiência desta semana. “Se e quando for necessário, o Banco Central usará os instrumentos de política monetária para que a convergência da inflação para a meta se materialize mais à frente”, disse Tombini.” Artigo Completo, ::AQUI::
Maduro: ‘Não haverá pacto com a burguesia’ na Venezuela
“O pacto com a burguesia se acabou. Aqui não haverá pacto com a burguesia, haverá diálogo com a classe operária, com os empresários patriotas, com os estudantes secundaristas, universidades, professores, diálogos bolivarianos com todos. Bem-vindos”
O presidente interino e à Presidência da Venezuela, Nicolás Maduro, disse neste domingo (14) que, se for eleito, não fará “pacto com a burguesia” nem manterá diálogo com a “elite” nacional.
Respondendo a perguntas de jornalistas após votar em uma escola de Cátia, um subúrbio humilde no oeste da capital, Caracas, Maduro foi ainda evasivo em relação a uma retomada de relações com os Estados Unidos, “porque eles estão sempre conspirando”.
As declarações são o primeiro indício do que esperar de um governo Maduro, o candidato mais bem colocado nas pesquisas de opinião. Ele respondia à pergunta de uma jornalista sobre suas primeiras medidas no campo econômico, da união nacional e da relação com os EUA.
O presidente interino disse que o governo de seu antecessor, Hugo Chávez, sempre quis dialogar com a oposição, mas os opositores sempre preferiram tentar tirar Chávez do poder pela força. Citou, como exemplos, um fracassado golpe de Estado em 2002, uma greve patronal no fim de 2002 e 2003, e um referendo revocatório em 2004 –ano em que o líder bolivariano finalmente consolidou seu poder no país.
“Atenção: a palavra diálogo vinculada ao velho conceito da democracia representativa, esse é o pacto das elites”, disse Maduro.
“O pacto com a burguesia se acabou. Aqui não haverá pacto com a burguesia, haverá diálogo com a classe operária, com os empresários patriotas, com os estudantes secundaristas, universidades, professores, diálogos bolivarianos com todos. Bem-vindos”, continou.
“Sempre estamos abertos a conversar sobre todos os temas. Mas na Venezuela há uma revolução e esta criou novos valores da democracia. Um deles foi acabar com o pacto das elites e o coleguismo.”
Encruzilhada
Se for confirmada, a eleição de Maduro não chegará a ser uma surpresa; menos clara, nesse momento, será a linha que seu governo seguiria.
A sociedade venezuelana permanece fortemente polarizada politicamente, e esta eleição coloca o país em uma encruzilhada a partir da qual chavistas e opositores podem tentar construir um diálogo ou se apartar ainda mais.
Em um intervalo curto para passar a sua mensagem eleitoral, o candidato chavista adotou uma estratégia dupla: tentou passar uma lealdade cega e irrestrita –quase metafísica– a Hugo Chávez; e remeteu a ressentimentos históricos da população que se via excluída da política venezuela antes de Chávez.
Para tanto, tratou de qualificar o opositor, Henrique Capriles, de “burguesinho”, “oligarca” e aliado do “imperialismo ianque”, entre outros adjetivos.
A própria realização das eleições nesta semana, aniversário do fracassado golpe que derrubou Chávez no dia 11 de abril de 2002 e fracassou no dia 13, fortalece essa associação.
O antigo bordão chavista “Não voltarão” segue tão utilizado quanto o madurista “Chávez vive, a luta segue”.
Abertura?
Entretanto, há uma linha de observadores da política venezuelana que acreditam existir uma chance de que, no poder, Maduro seja mais aberto e flexível que Chávez.
Eles lembram que o herdeiro de Chávez é um civil e não um militar como seu antecessor, e que ele foi chanceler venezuelano durante mais de seis anos.
Se for eleito, no campo externo um dos problemas que herdará é um relacionamento difícil com os EUA, apesar de a Venezuelaser o terceiro maior vendedor de petróleo para os americanos e os EUA, um dos principais fornecedores de gasolina processada para a Venezuela.
Em meio a tensões na ocasião da morte de Chávez, em março, Caracas expulsou dois adidos militares da embaixada americana, acusando-os de querer incitar rebeliões entre os militares venezuelanos. Em reciprocidade, Washington também expulsou dois diplomatas venezuelanos.
Desde 2010, as representações dos dois países não são encabeçadas por embaixadores, e sim por encarregados de negócios.
“Sempre há dificuldades (com os Estados Unidos), porque eles sempre estão conspirando”, disse neste domingo Nicolás Maduro. “Na Venezuela não se aceitará que se humilhe a dignidade deste país por parte do império.”
As eleições começaram a fechar por volta das 18h (19h30 no horário de Brasília). O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) espera que o novo presidente eleito possa ser definido nas três primeiras horas da apuração.
O fim do mundo em três meses
Por Ricardo Kotscho, no blogBalaio do Kotscho:
De vez em quando, ultimamente, fico até com receio de perder meu tempo escrevendo. O mundo já poderá ter acabado quando este texto chegar aos caros leitores. Quem vai ler?
Sem falar na sempre iminente guerra nuclear das Coréias, o fim do mundo está onipresente no noticiário nacional, como se houvessem estabelecido uma programação prévia para não deixar o brasileiro respirar sossegado dois dias segundos.
Mal se termina de falar de uma crise e já aparece outra nas manchetes, sem que tenha dado tempo da anterior terminar.
O ano mal começou, e já tivemos de volta as notícias alarmistas sobre os iminentes riscos de apagão de energia em razão da falta de chuvas nos reservatórios, ao mesmo tempo em que as enchentes em outros pontos do país provocavam novas tragédias. Imagens de reservatórios com pouca água e morros despencando eram acompanhadas de análises dos especialistas de sempre para quem o país, com este governo, não tem nenhum futuro, seja por falta ou excesso de chuvas.
Os brasileiros nem tivemos tempo de comemorar o recorde da safra de grãos, e já começaram as séries de reportagens sobre o colapso na infraestrutura, com estradas intransitáveis e congestionamentos nos aeroportos.
E assim fomos seguindo o ano de 2013, de agonia em agonia, até que sobreveio a grande crise do preço do tomate, a maior de todas, porque esta pode explodir ao mesmo tempo a inflação e os juros, levando o país à ruína completa. Em apenas três meses, ficamos novamente à beira do abismo.
Esses problemas todos existem, é claro, e alguns são bastante sérios, como já mostramos aqui no Balaio, tornando mais difícil a recuperação da economia. O clima de catastrofismo, porém, vai além da realidade dos fatos e tem como pano de fundo a sucessão presidencial de 2014, ativada pela antecipação da campanha e pela ausência de candidatos competitivos para enfrentar a candidata do governo.
Inconformados com os altos índices de popularidade da presidente Dilma Rousseff, que nas atuais pesquisas lhe garantem a reeleição já no primeiro turno, setores da sociedade que se sentiram prejudicados com a queda de juros e tarifas, especuladores e rentistas, aquela gente que não se conforma com medidas que visam a beneficiar a população de baixa renda, resolveram investir em outros campos, já que o cenário eleitoral não lhes dá muitas esperanças de voltarem ao poder tão cedo.
Alguma coisa está fora de ordem e de lugar quando assistimos à judicialização da política e à politização do judiciário, e os grandes protagonistas da cena brasileira se tornam o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, e o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que agora têm uma opinião formada sobre tudo e dão seus pitacos definitivos sobre qualquer assunto, mesmo quando não são chamados.
Gurgel já decidiu que a nova distribuição dos royalties do petróleo só deverá valer a partir de 2016, Barbosa comenta a indicação do polêmico deputado pastor Marco Feliciano para uma comissão da Câmara, e ambos se dedicam com afinco para colocar na cadeia os condenados da Ação Penal 470, recusando sumariamente qualquer recurso dos advogados de defesa.
Citado pelo ex-ministro José Dirceu numa história no mínimo malcontada no episódio para a sua indicação para o STF, o ministro Luiz Fux manda responder que não vai polemizar com réus condenados. Na mesma semana, o procurador-geral Gurgel determina ao Ministério Público e à Polícia Federal investigações sobre o ex-presidente Lula, a partir de declarações feitas por Marcos Valério, réu condenado a mais de 40 anos de prisão.
No mesmo momento em que Barbosa denuncia o “conluio” entre advogados e magistrados, o escritório de Sergio Bermudes, um dos mais caros do país, anuncia o patrocínio de uma festa de arromba para mais de 300 pessoas em seu apartamento de 800 metros quadrados, no Rio de Janeiro, para comemorar o aniversário de 60 anos de Luiz Fux, cuja filha Marianna, candidata a uma vaga no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, trabalha com o anfitrião. A pedido da mãe do homenageado, diante da repercussão do regabofe, a festa foi cancelada, segundo os jornais deste sábado.
Mas não faltarão outras festas do gênero, por mais que isso irrite Barbosa, para congregar os comensais dos dois lados do balcão da Casa Grande, que podem perder as eleições, mas nunca perdem a pose nem o poder. Crédito: caiu na rede
Começou o chororô da direita Venezuelana: Capriles insinua fraude na eleição da Venezuela
Oposicionista insinua tentativa de fraude na eleição da Venezuela
Há tentativa de ‘mudar vontade do povo’, disse Henrique Capriles no Twitter.
Para o governo chavista, afirmação é ‘irresponsável’.
Do G1, em São Paulo
À esquerda, candidato Nicolás Maduro, herdeiro político de Chávez; à direita, candidato Henrique Capriles, de oposição (Foto: Raul Arboleda/Ronaldo Schemidt/AFP)
O candidato oposicionista à presidência da Venezuela, Henrique Capriles, disse neste domingo (14) que existe uma “intenção” de “querer mudar a vontade expressada pelo povo” na eleição presidencial da Venezuela.
“Alertamos o país e o mundo sobre a intenção de mudar a vontade expressada pelo povo”, disse Capriles em sua conta no Twitter. No mesmo post, ele pede a seus partidários que compartilhem a informação.
A campanha de Capriles confirmou que a mensagem é autêntica, segundo a agência Reuters. Já o governo a classificou de irresponsável.
Os centros de votação da eleição presidencial da Venezuela começaram a fechar, às 18h locais deste domingo (19h30 de Brasília), segundo as autoridades eleitorais, após um dia de votação considerada tranquila.
Capriles enfrenta nas urnas Nicolás Maduro, presidente interino e “herdeiro” político de Hugo Chávez.
“Tivemos um processo eleitoral que se desenvolveu com total normalidade, com total tranquilidade”, disse Sandra Oblitas, do Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
Ela disse que os locais de votação em que ainda havia pessoas na fila deveriam permanecer abertos.
“Falta um número importante de pessoas para exercer seu voto”, disse.
Fechada a votação, começou a transmissão dos dados na sala de totalização.
Nos centros, os fiscais de ambos os partidos devem conferir os resultados contando parte dos comprovantes físicos de votação.
A oposição dá importância a essa fase, pois considera que pode haver diferenças nos números.
Na Venezuela, as autoridades eleitorais não divulgam parciais. O resultado é divulgado apenas quando a eleição se define numericamente a favor de algum dos candidatos.
As pesquisas de boca-de-urna também não são permitidas.
Clima
Caravanas de motoqueiros percorrem os bairros populares gritando vivas ao líder oficialista.
O leste da capital, reduto da oposição, permanece em silêncio, apenas com alguns fogos de artifício.
Maduro x Capriles
Os dois principais candidatos votaram à tarde.
Maduro, herdeiro político do presidente morto Hugo Chávez, Maduro, votou em Caracas.
“Está havendo recordes de participação”, afirmou Maduro ao votar, ponderando que mais de 11,5 milhões dos 18,9 milhões de eleitores no país já depositaram seus votos nas urnas, de acordo com a EFE.
“Hoje estamos aqui e as notícias são muito boas. Vocês sabem, está havendo recordes de participação por toda a Venezuela”, disse o herdeiro político de Chávez às agências de notícias. Ele assinalou estar passando por “uma grande emoção durante todo o dia”. “A história continua, a história é a garantia, falta muito ainda por fazer”, ressaltou.
Após votar, Maduro foi para o “Quartel da Montanha”, onde estão os restos mortais de Chávez, para aguardar os resultados das eleições.
Já Capriles, que também votou na capital, pediu a seus eleitores que participem do processo eleitoral “em massa”, de acordo com a Reuters.
“Nossa força está no processo [eleitoral] e, por essa razão, pelas pessoas que têm esperado um chamado para a ‘avalanche’ [de votos], especialmente os estudantes, não vamos esperar mais. Peço que vão para os centros de votação. Façam uma ‘avalanche’ até que as urnas estejam encerradas”, disse o governador do estado de Miranda.
O candidato também instou os opositores a denunciar qualquer “atropelo” que se detecte e assegurou que “os abusos” serão derrotados com votos, em alusão as supostas irregularidades cometidas pelos oficialistas, como propaganda de boca-de-urna.
Cerca de 170 organizações internacionais acompanharam o processo eleitoral, entre elas o Centro Carter.
Economia
O sucessor de Chávez, que governará até 2019, enfrentará o desafio de reativar uma economia que começa a naufragar e de administrar uma profunda polarização social, depois de tanos anos de poder nas mãos de um líder tão carismático quanto controvertido.
A campanha eleitoral dos dois candidatos foi movida pela emoção, com o presidente interino, Maduro, usando da aura mística do falecido morto e com o líder opositor declarando-se numa “cruzada entre o bem e o mal”.
O próximo presidente tomará posse no dia 19 de abril. Seu primeiro desafio será enfrentar a economia à beira do colapso, depois de anos de um “boom” petroleiro que permitiu a Chávez custear as chamadas “missões” sociais para as classes populares.
Os analistas enumeram um coquetel explosivo: uma produção decadente, escassez generalizada, inflação de 20% em 2012, seca de divisas, tudo isso combinado com um aparelho público endividado (déficit de 15% do PIB) e um preço do barril de petróleo estancado em US$ 100.
Com seis milhões de beneficiados pelas missões e três milhões de pensionistas – quase 30% da população, Agustín Blanco, historiador e autor do livro “Fala o Comandante”, acha uma mudança radical é imperiosa para o país.
“É preciso colocar todos os venezuelanos para produzir, mas os dois candidatos seguem a mesma política assistencialista: eu vou repartir mais do que você”, lamenta, temendo “o maior colapso econômico dos últimos 50 anos
Confisco: funcionários do setor privado bancam aposentadorias milionárias do serviço público
PSDB fecha parceria com Microsoft para tentar “afundar” projetos de Software Livre
VINÍCIUS VIEIRA
no #seja livre
É isso mesmo minha gente, vocês não estão no blog errado: estamos sim falando de política!
Nesta semana recebemos uma denúncia de que o Governo do Estado do Paraná estaria fechando parcerias com a Microsoft, afim de “alavancar” o ensino público estadual.
O Governador do Paraná, Beto Richa, do PSDB, assinou anteontem (09) um acordo de intenções com a Microsoft no Hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. O presidente da Microsoft Brasil, Michel Levy, disse que o Paraná está “puxando o trem da competitividade” no país.
O mais interessante é que o Paraná é o único Estado do país que tem lei aprovada de incentivo e uso de Softwares Livres (Lei Estadual 14.058/2003), que determina que a Administração Pública do Paraná deve utilizar, preferencialmente, programas abertos de computador.
Na aquisição de softwares proprietários, deve ser dada preferência para aqueles que operem em ambiente multiplataforma, permitindo sua execução sem restrições em sistemas operacionais baseados em software livre.
Ou seja, a iniciativa também descumpre as leis 14.195/2003 e 15.6742/2007, todas da época do governador Roberto Requião (PMDB), mas que ainda estão em plena vigência.
Se você não sabe leitor, o Governo do Estado do Paraná tem um dos principais órgãos tecnológicos do país, a CELEPAR, que inclusive foi criado para “executar políticas e ações envolvendo o Software livre” no âmbito do Estado do Paraná:
O Governo do Paraná é um dos principais usuários e desenvolvedores de software livre de todo o país.
A opção pelos programas de código aberto faz parte das políticas estratégicas de governo. Sua execução é de responsabilidade da CELEPAR. (leia mais aqui)
Celepar, cadê você???
A Celepar é responsável por inúmeros projetos de Software Livre público, como por exemplo o Expresso Livre, e que infelizmente com iniciativas como esta acabarão afundando no mar do esquecimento e subemprego.
Mas como um Estado que incentiva a prática do Software Livre no país aceita um acordo destes?
Os governos não são feitos de políticos e sim de partidos. No fim das contas, quem governa, manda e desmanda é o partido político do meliante cidadão em que votamos.
Segundo as nossas pesquisas, o PSDB, partido do Governador Beto Richa, tem um histórico interessante de “acordos com a Microsoft”, vejamos:
– No próprio site do PSDB encontramos uma notícia de que o Governador de Goiás, Marconi Perillo, fez uma viajem aos EUA no ano passado (2012) afim de se reunir com a Microsoft e “agradecer” a empresa pela “economia de R$ 90 milhões aos cofres públicos de Goiás”. Se a VERDADEIRA INTENÇÃO do PSDB fosse a economia, teriam usado software Livre e não teriam gasto um único centavo!
– Em 2009 o Governo do Estado do Rio Grande do Sul também fechou parceria com a Microsoft para implantação do “Windows Educação” nas escolas públicas.
– Segundo o Presidente da Microsoft do Brasil, a empresa está negociando os mesmos termos com outros estados do país, como por exemplo o Rio de Janeiro, que apesar de ser governado pelo “PMDBista” Sérgio Cabral, tem aliança com o PSDB.
– O Criador do AI-5 Digital, Eduardo Azeredo, que também é do PSDB, recebeu apoio da Microsoft em pesquisas sobre infecção por vírus no país (leia esta página, no fim do artigo), e usa este dado para basear sua escrúpula invernada contra a Internet brasileira. É engraçado falar que “se colocarmos rédeas na internet” as infecções por vírus diminuirão, mas ninguém comenta em se usar plataformas menos suscetíveis a vírus como forma de diminuição destes dados…
– Instalações do PSDB são usadas para eventos da Microsoft
Gente, não sou “esquerdista”, muito menos “PTista” e nem sequer confio ou apoio nenhum partido político, mas acho que deu pra ficar bem claro a parceria do PSDB com a Microsoft. A pergunta que não quer calar é: por que será que um partido político teria uma parceria com uma empresa desenvolvedora de software? E a resposta é simples: desvio de dinheiro público e Lobby!
Sinceramente esse Brasil me enoja…
Dono de sexshop gospel diz não ter artigos para homossexuais
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Ao perdedor, os tomates
Luciano Martins Costa, Observatório da Imprensa “Os principais jornais de circulação nacional demonstram um entusiasmo quase triunfal pelas notícias sobre aumentos pontuais dos preços de certos gêneros alimentícios. Os índices anunciados no último mês realmente mostram um descompasso nos valores de alguns produtos, com especial destaque para o tomate, que se tornou até mesmo tema de anedotas nas redes sociais.
O movimento de alta produz sua consequência natural em qualquer economia: a queda nas vendas do varejo. A imprensa adora citar aquela frase famosa do estrategista do ex-presidente americano Bill Clinton, James Carville, anotada num quadro da sede da campanha eleitoral de 1992: “É a economia, estúpido”.
Na sexta-feira (12/04), porém, a reação natural dos consumidores faz os editores se esquecerem da lição contida na frase, justamente para fazer uso político de seu significado. O Globo e a Folha de S.Paulo pareceram ter combinado. Com variação sutil, os dois diários anunciam em suas manchetes: “Alta de alimentos derrubavendas de supermercados”, disse a Folha; “Alta dos preços já derruba vendas em supermercados”, anunciou o Globo.
A análise da intencionalidade de uma frase, no caso das manchetes de jornais, virou brincadeira de criança, tamanha a falta de sutileza do texto jornalístico. Observem a leitora e o leitor, por exemplo, o uso do verbo “derrubar” em contexto que induz a certa dramaticidade, e, no caso do Globo, a inserção do advérbio “já”, de intensidade, que denota uma suposta antecipação da queda nas vendas do varejo, apresentada como fato incontornável.” Artigo Completo, ::AQUI::
O papel de Fidel Castro no contra-golpe na Venezuela, em 2002
Venezuela – Solidários –
Antonio Ibiapino da Silva